Não houve tiroteio, dizem familiares da criança vítima de bala perdida

Familiares, vizinhos e amigos fizeram protesto pela morte da criança / Foto: Bobby Fabisak?JC Imagem

Familiares, vizinhos e amigos fizeram protesto pela morte da criança
Foto: Bobby Fabisak?JC Imagem

Da Editoria de Cidades

Revoltados com a morte da menina Stefanny Vitória da Silva, 2 anos, familiares e vizinhos da criança cobraram justiça e questionaram a versão dada pela Polícia Militar de que houve troca de tiros com os bandidos. Eles afirmam que os policiais chegaram à localidade atirando e que não houve reação dos suspeitos. Uma bala perdida atingiu a menina no rosto e ela faleceu instantes depois. A PM a levou para a UPA, mas a criança não resistiu ao ferimento. O sentimento de indignação marcou o enterro da criança.

Porta-voz da família, o empresário Ronaldo Severo é tio de consideração da criança e culpou os policiais pela morte. Segundo ele, a polícia entrou atirando.

“Os responsáveis foram os policiais que entraram dentro do lugar onde a gente mora e aconteceu isso. Lá dentro está uma tristeza. Uma menina de dois anos levou um tiro fatal por policiais que subiram atirando. Irresponsáveis. A informação que a polícia passou para imprensa foi que eles entraram e [os bandidos] revidaram, mas ninguém revidou. Eles já chegaram atirando. Todo mundo viu que a bala foi, realmente, disparada por uma pistola .40, que eles trabalham”, afirmou Severo. “Quero dizer a vocês que isso não vai ficar impune. Nós vamos correr atrás para resolver e colocar o culpado na cadeia”, acrescentou.

INVESTIGAÇÃO

As investigações seguirão para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, na Zona Oeste, e ficarão sob responsabilidade do delegado Francisco Océlio. Ainda de acordo com a SDS, as armas dos policiais, bem como as que foram apreendidas com os suspeitos, passarão por perícia. O objetivo é descobrir se o tiro que matou a pequena Sthefanny partiu da arma dos PMs ou dos supostos bandidos.