A Globo fechou na última sexta-feira (9) a venda das seis cotas de patrocínio das transmissões do futebol em 2017. No Jornal Nacional, festejou “o maior projeto de comercialização do mercado publicitário brasileiro”. A emissora não revelou números no telejornal, mas vai faturar R$ 1,7 bilhão só com o futebol na TV aberta. Incluindo placas estáticas nos estádios, chegará a R$ 1,9 bilhão _ou quase toda a receita anual da Record, segunda maior rede do país.
Em outubro, a Globo lançou plano comercial pedindo R$ 283,5 milhões pelas cotas do futebol. O plano também oferecia as placas por R$ 28 milhões anuais. Desconsiderando-se as placas (já que nem todos os patrocinadores as compram) e comissões de agências, as seis cotas de patrocínio renderam R$ 1,701 bilhão.
O plano de comercialização assustou publicitários e anunciantes. Isso porque trouxe um aumento acima da inflação, de 14,5% sobre 2016. O aumento foi para compensar a exclusividade da transmissão na Globo.
Sem uma outra emissora dividindo os jogos, os patrocinadores da Globo não terão a concorrência de competidores do mesmo filão de mercado com o mesmo produto (futebol) no mesmo horário. E a Globo pôde compensar a receita que deixou de arrecadar vendendo o futebol, por exemplo, para a Band.
As negociações não foram fáceis, e dois dos patrocinadores não irão aparecer em 2017: Casas Bahia e BRF (Sadia). Os patrocinadores do ano que vem serão Itaú, Brahma, Chevrolet, Ricardo Eletro, Vivo e Johnson & Johnson. As marcas serão expostas em 95 rodadas de transmissões de campeonatos regionais, nacionais e intercontinentais, além do Jornal Nacional e de programas esportivos da emissora.
A Globo também fechou a comercialização da Fórmula 1 em 2017. Patrocinarão as corridas Santander, Itaipava, Tim, Renault, Unilever e Nestlé.
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