Um paciente de 44 anos pode ter se tornado a primeira pessoa na história a ter sido curada do HIV com o uso de remédios. A possível cura foi o resultado de uma terapia desenvolvida por pesquisadores de cinco universidades do Reino Unido.
O paciente não teve a identidade revelada, mas sabe-se que ele atua como um assistente social em Londres. Ele fez parte de um grupo com 50 voluntários para a pesquisa e, de acordo com pesquisadores, teve a presença do vírus completamente indetectável em seu sangue. “Me increvi para fazer parte dos testes para judar os outros e a mim mesmo. Meu último exame de sangue foi realizado há duas semanas e o víus não foi detectado”, disse o paciente ao jornal Sunday Times.
O tratamento que foi utilizado consiste em uma vacina, que auxilia o organismo no reconhecimento das células infectadas com o vírus da Aids, e em uma droga chamada Vorinostat, que ativa as células-T dormentes. Assim, o método possibilitaria ao sistema imunológico ter uma melhor capacidade de eliminar o HIV.
Atualmente, as terapias antirretrovirais são eficazes em impedir a multiplicação do vírus, mas não conseguem eliminar o HIV do organismo. “A terapia que está sendo desenvolvida foi projetada especificamente para detectar e limpar o corpo de todo o vírus HIV, incluindo nas células dormentes, afirmou a médica consultora do Imperial College London, Sarah Fidler, também ao jornal Sunday Times.
Os primeiros resultados da terapia devem ser publicados em 2018. No entanto, Fidler pediu cautela e alertou que os resultados ainda são preliminares. “Ainda estamos longe de uma terapia pronta. Continuaremos relizando novos exames médicos dentro dos próximos cinco anos e, no momento, não recomendamos que as terapias antirretrovirars sejam interrompidas”, afirmou a médica.
Outros procedimentos
O primeiro homem na história a ter sido considerado curado do vírus HIV foi Timothy Ray Brown. Ele recebeu um transplante de médula óssea com um paciente que possuía uma mutação genética que o tornava imune ao HIV. O tratamento, porém, é bastante difícil de ser replicado.
Em um outro caso, um bebê, que já nasceu com o vírus e foi tratado com medicamentos antirretrovirais logo após o nascimento, não teve o virus detectado durante dois anos sem o tratamento, mas voltou a apresentar o HIV em seu corpo.