A eleição do bilionário Donald Trump à presidência dos Estados Unidos não fez a alegria apenas da extrema-direita europeia. Seguindo o exemplo da líder ultradireitista francesa Marine le Pen, do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban e do presidente tcheco, Milos Zeman, frequentemente criticados por seus discursos de direita populista, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse, por meio das redes sociais, que “vence aquele que lutou contra tudo e todos. Em 2018, será o Brasil no mesmo caminho”. A afirmação é uma referência a sua eventual candidatura daqui a dois anos.
Já o deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) disse “mergulhamos na nova idade média. Donald Trump presidente dos EUA é uma catástrofe”. O discurso seguiu a linha da petista Maria do Rosário. “A expressão ‘Deus salve a América’ hoje é bem apropriada. Salve desse Trump! Aliás, salve o mundo dele. Já basta o Brasil aguentar essa direita”, afirmou.
O vereador eleito por São Paulo Eduardo Suplicy foi mais comedido: “Lamento a vitória de Donald Trump, mas respeito a decisão democrática do povo norte-americano. Vamos estar atentos a cada passo e expressar nossa opinião sobretudo no que for importante para a paz mundial”.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) afirmou, por meio do Twitter, que “os grandes desafios do líder eleito será unificar o país e assegurar que não alimentará nenhum tipo de racismo, violência e segregação”. O peemedebista Roberto Requião aproveitou para criticar a imprensa e governo de seu correligionário Michel Temer: “A mídia fundamentalista que eliminou Bernie Sanders deu a vitória a Trump. Fará o mesmo apoiando a estupidez da PEC 241/55 no Brasil”.